segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Susto

Ontem apanhei o maior susto da minha vida com o meu filho.
Estava ele a tomar banho enquanto eu arrumava o quarto, quando ouvi um estrondo seco e alto. Acompanhado por um grito aflito e de dor. Corri e vi-o estendido no chão da casa de banho. Nú, molhado, indefeso e a gritar. Mas a gritar como se estivesse a ser torturado, eu olhei para ele e pensei que se tinha partido todo. Gritei pelo meu marido. Que veio num alvoroço. Apanhou o filho do chão e começou a tocar-lhe a ver se estava magoado. A sua preocupação era a cabeça, ao que ele dizia,
-Mas oh papá, o que me doí é a barriga.
Apercebi-me nessa altura que a coisa não tinha sido tão grave como pensara. Os gritos vinham do susto que ele apanhara.
Estava em estado de choque e foi a voz do pai que o trouxe à realidade e o acalmou. A mim também.
Deitei-me nessa noite com ele. E pensei. Pensei em coisas más. Que tratei de apagar do espírito. E pensei que sou infindavelmente mais feliz, do que alguma vez fui. Com o meu marido e o meu filho.

E que gostava de me lembrar disso mais vezes. De não sofrer com o que não consigo obter, quando o que já tenho é tanto. Mas tanto. Mas tanto...

Sou feliz!!!!!
E só quero vos fazer felizes.

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