segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Ainda assim...

O nariz pinga, os olhos choraram, a garganta pica, a cabeça lateja, o corpo doi... e ainda assim, tenho de trabalhar, de passar a ferro, de cozinhar, de arrumar a cozinha, de arranjar mochilas, lanches, pequenos almoços, pôr roupa a lavar, pôr a mesma a secar, de estar no trabalho, mesmo sem vontadinha nenhuma.


E vale TANTO a pena!!!!


Adoro ser mãe. Adoro ser esposa. Adoro esta forma de ser. Sou feliz na minha vida. E isso sim, é tudo o que importa!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Mais uma volta, mais uma corrida

pergunto-me baixinho, na minha insignificância... até quando?

Este carrossel que não pára mais. Está a deixar-me tonta e agoniada. Sem forças e sem vontade de continuar. E o amargo do fel, aquele sabor que se instala na boca quando se desilude quem mais queremos, esse sabor agreste não me larga. Não me quer largar.

Desculpem.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

ok, ok... eu confesso

Tou um bocadito ansiosa.
Assim a modos que com umas borboletas no estômago. Com a sensação que vou ter um exame para o qual eu não estudei o suficiente, e se a minha mãe descobre que tive má nota, além de um arraial de pancadaria (leia-se um ganda sermão, que ela nunca me bateu... só com as portas!!! mas isso não é para aqui chamado, focus... obrigado.), não vou poder sair durante uns quantos fins de semana. Acho que já deu para apanhar a ideia.

É isso estou ansiosa e não devia. Eu já sei o que vai acontecer. Porquê é que eu não relaxo e aceito este caminho??????

Bolas.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Tola partida

Ou quase.....

Hoje, logo pela manhã, ainda o sol não ia muito alto, e eu já estava a levar com um placard em cima da cornadura.
Gemi, aliás chegou-me mesmo a parecer que gani, de dor. Confesso que até chorei, da dor ser tão violenta.

Levantou-se grande alvoroço no gabinete, o estrondo tinha sido tão grande que nem foi preciso pedir ajuda. Todas as pessoas aperceberam-se da violência do impacto e correram em meu auxílio.
Sentia uma dor alucinante na orelha, e outra por cima da sobrancelha. Quando cheguei à casa de banho amparada por uma amiga, vi que tinha sangue na mão, o meu terceiro brinco da orelha esquerda tinha sido arrancado com a violência do embate e tinha deixado ferida.
Senti que desfalecia. Sentei-me no chão. Meia zonza, meia pálida. O meu único medo é que a orelha tivesse rasgado. Pedi à minha amiga que verificasse o estado da coisa.
Parecer positivo.
Estava tudo em ordem. Foi uma lufada de ar fresco. Estava como nova, levantei-me. E começou-me a dor ainda mais o sobrolho.

Galo!!!!!

Mas daqueles galos feitos com precisão, não é um galo qualquer. Tem estilo!!! Foi feito com arte, foi o que foi!!!

E assim andei de gelo na cabeça.

Baixa médica, no mínimo por dois meses!!!! E com direito a indemnização por acidente em serviço!!!!!!

P.S – Ainda nada. Novidades zero.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

E agora?

Cheguei esta manhã à escola do meu filho, com o meu rebento pela mão. De sorriso largo e coração aberto. Era uma manhã como todas as outras, em que atravesso a passadeira que me leva aos portões da escola, depois do meu marido, consolo incontornável e sem o qual me recuso a passar, nos deixar do lado oposto à escola.

Todas as manhã faço o mesmo trajecto, no intuito de poupar uns minutos. E assim fui, de manhã. Contente, contente e orgulhosa, porque o meu filho está na escola.

Mas hoje tive um rebate da verdade. A professora aguardava-me à porta. Queria falar comigo. Agarrou, de uma forma muito ternurenta, o meu filho. Cobriu-lhe os ombros com o seu braço. Por um segundo achei que me ia dar uma boa notícia. Que estava feliz pelo desenvolvimento dele, ou que ele a estava a surpreender pela positiva. Eu estava de sorriso estampado na cara.
Ela olhou-me, de uma forma meiga, como provavelmente olha para a filha dela quando esta está perante um problema e disse-me:
- Ele porta-se muito mal. É distraído e já magou, propositadamente, duas vezes uma colega. Espetou-lhe um lápis e até fez sangue.

Esta frase ainda me ressoa nos ouvidos. Juro que me senti a ficar branca. Vi nos olhos dela que percebeu a minha angustia.
Fiquei triste, de rasto.
Eu nunca fui uma aluna brilhante, sempre fui meia aluada, ainda hoje sou conhecida pelo meu mau feitio. Mas nunca, nunca, os meus pais foram chamados à atenção pela minha falta de compustura. Por ter sido desobediente, ou ter feito mal a alguém com esse intuito.
E isto deixa-me triste. Pergunto-me onde falhei. E assusta-me.

Estou terrivelmente assustada. Com o futuro....

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ontem

foi dia de pica....

E eu continuo com esta descrença dentro de mim...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Amanhã

é dia de pica...

Tanto esforço e cheira-me que em vão....

Nem a mãe se safou.....

Gastroenterite. Foi o que foi!
Sexta-feira o pai passou a noite a vomitar. Cenário pouco agradável. Principalmente para ele.
No sábado foi a vez de a mãe ir ao tapete.

Resultado: Fim de semana de merda, literalmente.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Hospital

Dói-me saber-te mal. Dói-me ver-te com dores, aflito, mal disposto. Dói-me até, saber-te com um cisco no olho, ou algo ainda mais simples. Dói-me. Simplesmente porque te vivo tudo. E as tuas dores são minhas.

Vim do hospital mais descansada. Espero não ter de voltar. Gastrointericte até nem me parece mal, comparado com a outra hipótese. Apendicite. Cruz, credo, canhoto.

Penso que nunca me deu. Não faço a menor ideia de quais os sintomas. Nem sei avaliar as dores. Nem a sua intensidade. E isso assusta-me.

Sei-te adoentado e isso basta-me para estar aqui só em corpo. Foste para a avó. Mimos de avó dupla, fazem bem a dobrar. Mas esta mãe queria-te pegar a mão. Cheirar-te o cabelo. Vício que me ficou de quando eras pequenino. Queria dar-te colo e adormecer-te nos meus braços.
Espero. Impaciente, mas espero.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Ganas

Desespero, ódio. Mas daquele ódio de morte. Visceral. Odeio-o tanto, tanto, que sinto vómitos só de pensar.
Odeio com a mais profunda das dores. Aquela que faz enlouquecer.

Morte era pouco. Eu queria que ele não tivesse nascido. odeio-o. Odeio-o.

Saí da minha vida. Desaparece da vida do meu filho. SOME-TE

Ai dor. Aí.
Apetece-me gritar com a alma. Mas a raiva não desaparece. A raiva só aumenta.

És um merdas. És e sempre serás um merdas. Um crápula. Vergonha. É o que és. Uma ENORME vergonha.