quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Torcendo

Hoje estou a torcer MUITO para que tudo corra bem com a tua irmã.

Os meus pensamentos hoje são dedicados à nossa amizade, às vezes que me limpaste as lágrimas que não corriam, às vezes que feita louca corri contigo para o hospital por causa dos teus ataques de asma fortíssimos. A tudo aquilo que foi, é e será a nossa vida.

Um beijo, my caliente....

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

19 de Setembro de 1972

E eu não te comprei nada.

O vazio que sinto nas mãos, só é comparável ao que sinto na alma. O brilho do olhar esbateu-se. Preciso de me reencontrar. E tropeçar novamente em ti.

Acredito que dia 28 ou 29 tudo se componha.

Assim como que caído do céu

Bom, bom, bom.... mas assim mesmo do estilo, é que era como canela no café, era ouvir, e se fossêmos fazer a mala e dar um pulinho ali ao lado?!?!?!

ou então não....

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Apercebo-me agora, que a minha vida deixou de caber numa mala.
Apercebo-me agora, que o desejo de partir é por demais intenso.
Mas também me apercebo, que este partir, é sinónimo de fugir.

Preciso de fugir de ti. Neste momento fazes-me mal. Por tudo aquilo que representas, podia ter acontecido há um mês, ou daqui a um ano. Só não podia ter acontecido agora. Mas aconteceu.

O momento mais feliz da minha vida está a ser o momento mais lamentável da nossa vida. Triste episódio de comédia de trazer por casa.

Já devias saber que se por um lado comédia demasiado fácil não me seduz, o drama rebuscado ao nível da TVI me enoja. E isto resume a minha vida do último mês. Triste prestação. Representação demasiado mediocre. Cheira demasiado a povo, a freguesia pequena dos suburbios. Não. Definitivamente não.

A mala est+a demasiado cheia. Talvez seja hora de a esvaziar.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Epá

Qual foi a parte do memorando que Deusinho Nosso Senhor não leu, quando decidiu o destino de cada um?!?!?! Hein?!?!?!?
Epá, volte lá a ler, mas'é, outra vez os papelinhos, e não passar a página onde diz que isto era exactamente aquilo que eu não queria para a minha vida.

Ora, vou ficar a aguardar a respectiva retificação, até porque na essência a coisa está a correr muitissimo bem, e demorou a ler o guião, mas chegamos lá, agora... em relação a um ou outro promaior, tá visto que Deusinho Nosso Senhor anda meio distraído.

Eu juro

que só queria saber, porque raio, é que os meus presentimentos estão sempre certíssimos. E só não acerto a merda dos números do Euromilhões.

São coisas...

Se ao invés (adoro esta palavra) de escrever, tivesse andado a falar no tom do sentimento, estaria a esta hora completamente afónica.

sábado, 13 de setembro de 2008

Era uma vez...

uma tacha.
Nem chegava bem a ser um pionês. Não. Era de facto uma tacha [pequeno prego de cabeça chata e larga. in Priberam].
Essa tacha tinha pertencido à soca de uma tricana trabalhadora. Todas as manhãs, a tricana calçava as suas socas, onde estava bem martelada esta nossa tacha, e seguia para a sua lide diária.
Sachava batatas, dava milho às galinhas, molhava a pele dos porcos. Mas a sua tarefa principal era tratar das vacas. Retirava o estrume, colocava palha nova, e ao final do dia, antes do sol se pôr, seguia com as suas mimosas até à ordenha. Esta tacha não era uma tacha qualquer.
Mas um fatídico dia a tacha soltou-se da soca. E ficou arrumada ao lado de outras tachas. E começou-se a sentir-se só, mesmo com a família ao pé, a tacha marido, a tacha filho, a tacha sobrinha. Nada a fazia sentir-se bem. Até que começou a sonhar. Sonhava com o seu grandioso passado. Sonhava com a soca da sua tricana, e a grande importância que tinha tido enquanto tacha. Aliás, estava tão convicta da sua influência e prestígio que era capaz de jurar que a vida e felicidade da tricana dependia de si.
Mas a solidão e a tristeza faziam as noites cada vez mais frias e começaram a apoderar-se do seu espírito e começou a ficar confusa. Dizia em voz alta, quase para quem a quisesse ouvir que toda a vida fora alfinete de peito de senhora.
E assim aquela tacha amarelada, pequena, enfezada, sem graça e sem brilho, já gasta pelo tempo e pela vida, queria à força ser alfinete de peito de senhora.
Um dia a tacha cruzou-se com um livro de histórias milenares, e perguntou-lhe se não achava que ela era o mais belo alfinete de peito que ele já vira.
O livro intrigado com semelhante disparate, virou-se para a tacha e perguntou:
- Tu não deverias ter um fecho de segurança? Como têm todos os bons alfinetes de peito. Como tencionas tu ficar preso no peito de uma dama?
- Simples, retorquiu a tacha. Espeto-me.
E assim, o livro percebeu, que até a peça mais brejeira, a peça mais romba, usada, pútrida, pode, querendo, ferir de morte uma senhora.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

7 anos

Não me lixem. O tempo não passa. O tempo voa.

Faz hoje 7 anos, que estava a tomar café à hora de almoço e vi em directo a queda do segundo avião contra as torres gemeas. Nessa altura estava tão confusa que achei que era a repetição da queda do primeiro avião.
Nesse dia à noite, sozinha na minha sala, de caneca de chá na mão, a fumar cigarro atrás de cigarro, achei que o mundo estava louco e não havia espaço para mim.
Hoje continuo a achar que o mundo está louco e que não há espaço para mim. Mas como sou teimosa, fico e ficarei. De pedra e cal. Sempre feliz, mesmo quando a dor me invade e me deixa lívida. Mas hoje não é um desses dias. Hoje estou apenas feliz.

Mesmo com a consciência que muitos ainda choram (Certamente choraram com menos dor. O tempo tudo cura. Ou pelo menos atenua.) o que de facto me deixa marcas é saber que tudo passa, nada é eterno e muito menos as sensações. Há 7 anos, tive a certeza absoluta que nada mais seria igual. Que exagero... Os seres humanos continuam iguais, iguais... Verdadeiras Bestas Quadradas!

Update: Este post tem mais haver com o Afins

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

E a música continua....

Oh puta deita-te!

E porque nem tudo é mau...

181,2=> o meu número de esperança.

Sexta às 15h, consulta.

O misto de esperança, medo e alegria, é tão forte... que ando meia abananada...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Era uma vez....

um alfinete do tamanho de uma cavilha.

O que deveria ser nem sempre é

Estou a viver o que seria suposto ser uma das semanas mais felizes da minha vida. Seria se não me assolasse o fantasma do passado. Esse fantasma, do filme já visto, das cenas vividas, dos aromas sentidos.

Comecei a semana com uma notícia maravilhosa e apesar disso não consigo me sentir feliz. Pelo menos não mo permito. Procuro em mim e nos outros, sinais do que foi. Se me doí a barriga. Ou se ele está diferente.

São tantas realidades diferentes com contornos similares, que baralho tudo no meu espírito e não consigo ser realista e concisa.... que novidade esta?!?! Como se eu algum dia fosse, ou quisesse ser uma coisa tão monótona e desisteressante como ser realista ou concisa, ou outra coisa do género.... Adiante....

Estou a perder o controlo, aliás, esse se calhar nunca tive, mas estou a perder a sensação que controlo as coisas. Sinto-me perdida, nestes meus anseios.

Apetece-me dizer uma asneira, do estilo, Ganda Puta!!!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nós por cá

Tudo bem.
Um pouco ansiosos.
Um pouco cansados.
Um pouco ensonados.
Mas muito felizes.

Depois deste telegrama de estado de espírito, preciso de contar o MAGNÍFICO fim de semana que passei em Viana do Castelo. Que aquilo era bonito, eu já sabia, só não esperava que me deixasse tão deslumbrada.
Desde as paisagens, aos cheiros, ao calor da simpatia dos pais da A., do sorriso da H. (que ajudou a não ter tantas saudades do F pequeno) à ternura do colo das minhas sobrinhas As. foi tudo simplesmente esplêndido.
E as saudades que eu tinha tuas A. Sim, a velhice trouxe-me destas coisas... até eu já sinto saudades... E muitas. Do toque das tuas mãos, do brilho dos teus olhos, do som das tuas gargalhadas, as tuas narinas a abrirem quando ries com vontade. Das tuas vontades, dos teus gostos, anseios, desejos e temores. Tudo isso me faz falta. De estarmos à cusquice horas sem fim. Sem homens, sem filhos, sem obrigações, ou deveres. Apenas as duas. Com um copo de fino, ou caneca de chá quente. à lareira ou numa praia. É indiferente. Desde que consiga falar-te. Amiga, tenho realmente muitas saudades.