Ano novo.... vida nova

No meu caso, cabelo novo.

Cortei e pintei. Madeixas loiras e cabelo curto. Estou de arrasar, pelo menos foi o que a cabeleireira me disse.

Mas soube-me bem, por vezes são pequenas coisas, tão pequenas que me passam despercebidas, que me fazem sentir dona de mim. Fazem-me sentir o bater do meu coração. Sinto-me viva. E isso basta-me. Tem de bastar, até porque por vezes só há isso. Ultimamente não tenho conseguido ouvir o bater do teu coração. Não sei se porque estamos tão compassados que o teu bater confunde-se com o meu, se porque ele tem batido longe de mim, ou se porque simplesmente deixou de bater, por mim.

Tenho novas decisões, mas a expectativa de falhar é tão forte, que até tenho medo de as dizer, de as escrever. Isso aumentaria a fustração, e não tenho garantias que o facto de estarem aqui escritas me obriguem a cumprir, ou pelo menos tentar. Por tudo isso, perfiro guardá-las para mim. Caso sejam cumpridas, serão reveladas, caso contrário, é porque nunca existiram.

Não me sinto triste. De facto não. Mas também não me sinto feliz. Enfim...

Adeus 2008. Foste um ano porreiro. Nem bom, nem mau antes pelo contrário. Saúde para todos.
O filho andou meio a asnear. Mas lá encarreirou, mudou de sala, de professora, de ambiente. Foi uma aposta difícil que se mostrou proveitosa.
A família está boa, a envelhecer, mas boa.
Eu abortei. Foi complicado. Doeu muito. Lá bem no fundo. Uma dor que me fazia querer desistir de tudo. Mas eles não deixaram. Nem que eu sofresse (o que nem sempre é bom), nem que eu desistisse (o que é, sem dúvida, sempre bom).

Bem vindo 2009.
Espero-te de braços abertos.