quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Hospital

Dói-me saber-te mal. Dói-me ver-te com dores, aflito, mal disposto. Dói-me até, saber-te com um cisco no olho, ou algo ainda mais simples. Dói-me. Simplesmente porque te vivo tudo. E as tuas dores são minhas.

Vim do hospital mais descansada. Espero não ter de voltar. Gastrointericte até nem me parece mal, comparado com a outra hipótese. Apendicite. Cruz, credo, canhoto.

Penso que nunca me deu. Não faço a menor ideia de quais os sintomas. Nem sei avaliar as dores. Nem a sua intensidade. E isso assusta-me.

Sei-te adoentado e isso basta-me para estar aqui só em corpo. Foste para a avó. Mimos de avó dupla, fazem bem a dobrar. Mas esta mãe queria-te pegar a mão. Cheirar-te o cabelo. Vício que me ficou de quando eras pequenino. Queria dar-te colo e adormecer-te nos meus braços.
Espero. Impaciente, mas espero.

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